Primeiro cliente

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Segunda-feira, 10 da manhã e um numero desconhecido aparecia no identificador de chamadas do meu celular azul e fiquei meio em choque antes de atendê-lo.
-Alô.
-Oi, tô ligando pelo anúncio do jornal... Quanto você tá cobrando?- A voz parecia ser de um adolescente.
-120 reais a hora.
-Perfeito... Você tem local próprio?- O jovem perguntara.
-Infelizmente não... Mas você pode ver um motel.- Claro que eu não iria gastar dos meus 120 reais.
-Tudo bem... Vamos fazer assim. Nos encontramos às 11 na escadaria do supermercado e de lá vamos ao motel, pode ser?- "Escadaria do supermercado" como assim?
-Perfeito.
-Estarei usando calça bege e camiseta pólo azul claro.- Quem usa isso? Chiquinho Scarpa quando vai ao golf?
1 hora depois e eu estava subindo as escadarias do supermercado em questão quando vi um jovem de aparência de uns 20 anos, meio corcunda, cabelos castanhos e com o sorriso do Marcelo Nóbrega (sim, o da Praça é Nossa), inspirei fundo, pensei no dinheiro, suspirei e sorri a ele.
-Olá, tudo bom? Qual seu nome?- Ele perguntou sorrindo e me estendendo a mão. Eu tinha pensado em tantas coisas menos num nome para mim. Olhei um poster da Sky que anunciava um filme de Nicolas Cage.
-Nicolas. Prazer...- Estendi-lhe a mão.
-Sou Alfredo.Prazer você vai ter daqui a pouco... Venha comigo.- Ele apertou minha mão e me puxou escada abaixo. Não pude notar que, com o dia ensolarado que fazia, ele tinha um guardachuvas na sua outra mão. Entramos num carro e fomos rumo ao motel.
Pedimos o quarto, quarto número 5, entramos, apagamos as luzes, eu já estava excitado e foi quando ele me beijou e o prazer foi pelo ralo. O cara tinha um hálito que parecia que ele tinha comido um gambá crú e não tinha escovado os dentes, e para piorar a situação, ele tirou a roupa e as axilas dele cheiravam a cadáver. Inspirei, pensei no dinheiro, e pus a boca em seu penis e o chupei. Ele não estava sentindo tanto prazer, tanto que, com poucos minutos ele tirou o pau da minha boca e tentou me beijar mas, muito esperto, desviei minha cabeça e voltei a fazer sexo oral nele.
-Tire sua roupa... Quero te comer.- Ele disse, ja colocando a camisinha. Lhe obedeci, e já estava deitado quando ele veio contra meu corpo e me penetrou bem devagar... uhmmm, foi bom e...? Que merda! Ele só entrou e ficou dentro, sem sequer se movimentar.
-Você não vai se movimentar?- Perguntei, descarado.
-Não... cansa muito. Prefiro ficar dentro de você...-
-Tudo bem - sorri, cinicamente enquanto pensava que estava tendo a pior transa da minha vida. E alí ele passou o resto da hora, deitado em cima de mim, fedendo, dentro de mim, inerte, me olhando.
A hora acabou, ele me pagara em muitas notas de 5 reais. Alfredo ainda quis me oferecer uma carona, mas acabei tomando um táxi urgente rumo a minha casa, onde tomei um gostoso e revigorante banho.

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